Ethereum Classic (ETC) é uma rede blockchain descentralizada e de código aberto que surgiu em julho de 2016, após a rede Ethereum passar por um hard fork, uma alteração no protocolo da blockchain ou conjunto básico de regras, criando duas blockchains separadas: Ethereum (ETH) e Ethereum Classic (ETC). Embora às vezes seja confundido com o Ethereum, o Ethereum Classic é agora uma criptomoeda totalmente diferente com objetivos tecnológicos e filosóficos distintos, focando especificamente na imutabilidade, popularmente expressa como "o código é a lei". O Ethereum Classic foi estabelecido para manter a integridade da blockchain original do Ethereum após um incidente de hacking substancial. O principal papel da rede é funcionar como uma rede de contratos inteligentes, facilitando o desenvolvimento e suporte de aplicações descentralizadas (DApps). ETC é a moeda nativa do Ethereum Classic, que é usada para alimentar transações e contratos inteligentes em sua rede. O Ethereum Classic se esforça para preservar a blockchain original do Ethereum sem reverter artificialmente as consequências do hack do DAO. Ele opera em um algoritmo de mineração de prova de trabalho (PoW) e não pretende fazer a transição para um mecanismo de consenso de prova de participação (PoS) como o Ethereum fez. Ethereum Classic é um sistema de computação descentralizado que pode executar uma ampla variedade de aplicações.

O Ethereum Classic funciona com um algoritmo de consenso de prova de trabalho (PoW) semelhante ao Bitcoin. Assim como o Ethereum e sua unidade nativa ETH, os usuários do Ethereum Classic pagam taxas em ETC para executar contratos inteligentes, e pode-se pensar nisso como o combustível que mantém todo o sistema funcionando (é por isso que essas taxas são chamadas de "gas"). Os mineradores utilizam seu hardware para resolver equações matemáticas complexas e validar transações na rede Ethereum Classic. O primeiro minerador a resolver a equação e validar um novo bloco é compensado com uma recompensa de bloco na forma de tokens ETC. Quinzenalmente, a rede ajusta automaticamente a dificuldade de mineração do Ethereum Classic para manter uma taxa de produção de blocos consistente. A nova dificuldade é determinada pelo poder computacional total da rede, e torna-se cada vez mais desafiador minerar ETC à medida que mais mineradores se juntam à rede. Assim como o ETH, novos ETC são emitidos para o suprimento circulante como recompensa para os mineradores à medida que novos blocos de transações são adicionados à blockchain. No entanto, ao contrário do ETH, que não tem um suprimento fixo, o ETC tem um suprimento máximo de 210.700.000 moedas.

O principal caso de uso do Ethereum Classic é funcionar como uma plataforma para aplicações descentralizadas (DApps) e contratos inteligentes. Ele se esforça para manter o princípio de que "O Código é Lei", resistindo à censura e entregando aplicações ininterruptas. Isso o posiciona como uma possível camada fundamental para futuras plataformas de contratos inteligentes. O Ethereum Classic também visa se distinguir do Ethereum preservando seu algoritmo PoW original e aderindo à sua filosofia descentralizada.

O Ethereum Classic foi introduzido em julho de 2016 como um hard fork do Ethereum, uma mudança radical no protocolo do Ethereum que resultou em duas ramificações, uma que seguiu o protocolo anterior (Ethereum) e uma que segue a nova versão (Ethereum Classic). Este fork resultou de desacordos dentro da comunidade Ethereum sobre como lidar com um hack significativo que levou ao roubo de 3,6 milhões de ETH. Aqueles que discordaram da decisão de reverter a blockchain para anular os efeitos do hack continuaram na cadeia original, que se tornou Ethereum Classic, enquanto outros usuários atualizaram para a versão mais recente do Ethereum. Desde então, o Ethereum Classic divergiu do Ethereum em termos de roteiro técnico e filosofia.

Computadores poderosos mineram (entenda "criam") ETC, adicionando-o ao suprimento circulante. Embora o Ethereum Classic possa ser minerado usando processadores gráficos amplamente disponíveis, provavelmente não será lucrativo a menos que você use um ASIC, um dispositivo especializado projetado para mineração de criptomoedas. Após a separação do Ethereum Classic do Ethereum em 2016, o Ethereum Classic tem lutado para competir em termos de capitalização de mercado, desenvolvedores e segurança de rede, medida pela potência total de mineração. Ao longo de sua história, o Ethereum Classic foi alvo de vários "ataques de 51%" nos quais atores mal-intencionados controlam a maior parte da potência de mineração e, portanto, podem gastar moedas que não possuíam (também conhecido como ataque de gasto duplo).

Você pode comprar, enviar e receber ETC através de bolsas de valores como a Coinbase.