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Preço do bitcoin nesta semana: 15 a 21 nov.

Preço do bitcoin nesta semana: 21 nov.

Boom do bitcoin chega à sexta semana com preços rompendo US$ 18.600. E ele não está sozinho: o ethereum superou a marca dos US$ 500 pela primeira vez desde 2018. Receba as informações necessárias para fazer negociações mais embasadas com nosso boletim semanal criado pelos pesquisadores da Coinbase.

Publicação: 21 de novembro de 2020

Visão geral

Estamos na sexta semana do maior boom do bitcoin desde o final de 2017, com preços batendo US$ 18.650, muito perto de um patamar jamais atingido. Vale lembrar que alta recorde de cerca de US$ 19.600 do bitcoin, que normalmente você verá os especialistas em criptomoedas abreviarem como “ATH” (do inglês "All-Time High") no Twitter e em outros locais, ocorreu em dezembro de 2017. O ethereum também registrou grande atividade, rompendo a marca de US$ 500 pela primeira vez desde julho de 2018

A capitalização de mercado do bitcoin atingiu US$ 346 bilhões. Já as criptomoedas em geral cresceram US$ 529 bilhões, um aumento de 15% na semana. Continuamos a ver o mercado com tendência de alta refletido nos fortes volumes das corretoras. No dia 17 de novembro, por exemplo, a Coinbase registrou US$ 1,488 bilhão em volume, o nosso terceiro maior dia em dois anos. Nesta semana, o bitcoin representou 46% do volume, e o ethereum, 14%. Se tiver curiosidade sobre como as duas maiores criptomoedas se comparam em relação aos demais ativos oferecidos na Coinbase, este gráfico detalha o volume total da corretora entre 14 e 20 de novembro. 

Gráfico do volume total negociado entre 14 e 20 de novembro

Pontos principais

Nas últimas semanas, à medida que o bitcoin continuou a subir, um dos principais fatores que observamos foi o crescente interesse de Wall Street, empresas de tecnologia e outros setores (como Hollywood) que tradicionalmente não costumavam ser ativos no espaço. É o principal motivo pelo qual consideramos este ciclo diferente do período anterior de grande alta no preço do bitcoin. Além disso, dados esses fatores, julgamos que não será uma surpresa se em algum momento nas próximas semanas a criptomoeda atingir ou superar o nível recorde. 

  • A Grayscale Investments continua a quebrar recordes com seu enorme fundo Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que atualmente detém aproximadamente US$ 10 bilhões em bitcoin.

  • Também estamos começando a ver o impacto da recente estreia do PayPal nas criptomoedas. Em média, US$ 84 milhões a mais em dólares norte-americanos por semana vêm fluindo para ativos digitais desde 21 de outubro (dos quais 80 a 90% foram para o bitcoin), segundo o site de análises sobre criptomoedas Nomics.

  • O empresário mexicano Ricardo Salinas Pliego — a terceira pessoa mais rica de seu país e presidente de um conglomerado com participações em telecomunicações, mídia, serviços financeiros e mais — afirmou que agora tem 10% de seus “ativos líquidos” em bitcoin.

  • O CIO da gigante de gestão de investimentos BlackRock afirmou nesta semana que o bitcoin “veio para ficar” e que a moeda poderia até chegar a substituir o ouro como forma “durável” de armazenar riqueza. 

  • Pode ser útil olhar para os mercados futuros e de opções do bitcoin, nos quais os investidores podem fazer apostas no aumento ou queda nos preços de um ativo no futuro, para ver em que direção o mercado acredita que os preços estão indo. Nenhuma história clara surgiu esta semana, além da forte movimentação em ambas as direções, com bastante volatilidade nesses mercados.   

  • O que nós identificamos foi o seguinte: clientes institucionais começando a garantir lucro ao vender parte de seu bitcoin após a superação da marca de US$ 18 mil. Durante as várias semanas anteriores, a proporção de compra e venda do bitcoin ficou em cerca de 90%, mas mergulhou esta semana para cerca de 75%. Enquanto isso, investidores institucionais começaram a aderir ao ethereum, que rompeu a barreira de US$ 500 pela primeira vez desde 2018.

Bitcoin x Outros ativos

Bitcoin x Outros ativos 

O mercado acionário teve uma queda nesta semana após ter sido estimulado por notícias positivas de vacinas contra a covid-19 na semana anterior. O ouro permaneceu próximo à estabilidade, e as criptomoedas continuaram a subir. A divergência entre as duas classes de ativos tradicionalmente correlacionadas tem sido um dos principais assuntos do quarto trimestre e será abordado em mais detalhes em nossos relatórios futuros. Porém, como afirmado por um de nossos analistas, “enquanto os mercados acionários e o ouro ficam estagnados, os ativos digitais continuam a competir pelo troféu”.

Tendências nas redes sociais

Um aspecto interessante da alta do bitcoin é que, nas últimas semanas, ela não esteve correlacionada a menções em mídias sociais ou tradicionais, sugerindo que o interesse tem sido principalmente de pessoas na comunidade de criptomoedas ou compradores que ainda não desejam tornar suas compras públicas. Essa tendência parece finalmente estar mudando, embora ainda não de forma radical. 

  • O número médio de usuários do Twitter falando sobre o bitcoin no último mês acabou de ultrapassar 8 mil, o maior em mais de dois anos.

  • As menções ao bitcoin na mídia também atingiram o maior pico em doze meses.

Gráfico de menções na grande mídia com tecnologia da The TIE
  • Porém, ainda estamos muito longe de ver o tipo de atenção que o bitcoin recebeu durante seu último pico em 2017. Portanto, o ciclo atual continua sendo, em certa medida, um fenômeno mais percebido por pessoas que já fazem parte da comunidade de criptomoedas. Se os preços continuarem a subir, será interessante ver o que é preciso acontecer para despertar a atenção de forma mais geral.

Gráfico do Google Trends: “Bitcoin” e “Ethereum”